Saudades e nada mais.



Era inicio de dezembro
Hoje só me resta saudade
dos teus olhos que ainda me lembro,
de fascínio e pura bondade.

Não hora ou momento,
Jardim ou Manicómio, não importa o lugar
Onde existir homem e mulher
Do amor tu (eu) não pode (pude) escapar.

Teus olhos que me encantara,
tuas palavras que me guiavam,
foram capaz também arregalar,
uma ferida que tempos minhas mãos costuravam.

Dos vícios que rejeitei, nos teus lábios eu provei.
Dos teus doces beijos,o amargo da nicotina
é a saudades que sentirei,
De ter tido-a em minha rotina.

Contigo estive onde gostaria.
cada momento era um.
Tu foi capaz de explorar minha alegria,
mas erroneamente me reduziu a qualquer um.

Olhos de lince que um dia eu vi.
Morena linda a caminhar.
Olhar lindo que não esqueci
Mas à tempos em ti deixei de pensar.

O espelho que um dia fui pra ti,
Sem querer o fiz quebrar.
Sei que nada justificasse,
daquela maneira me deixar.

Das lágrimas lisas que ali derramei
Hoje pedras se formaram.
Meu caminho dia-a-dia seguirei,
sem que os rastros me persigam.

Eu que não entendo de prosa
Hoje a ti declamo.
Apenas pra dizer que foi bom
e não pra dizer te amo.

Talvez nunca você entenda
tudo que um dia te dei.
Espero que não se arrependa,
Pois com teus olhos jamais sonharei.



(TANIMOTO, Elam)

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